Um som decrépito pingando no auge da escuridão.
De novo. Novamente e mais uma vez. Tão calma e silenciosa melodia.
Lenta e dolorosamente abriu os olhos, e um brilho fugaz lhe estalava ao longe.
Pulsava e lhe chamava a alma com tão doce e bela canção. Imobilizado nas trevas, experimentou expirar o ar que lhe envolvia a aura e, no mesmo instante, seu coração bateu alto e gritante. E todas as memórias lhe vieram à tona, como uma cascata de serpentes negras e congelantes.
Sangue.
O brilho escarlate tão negro e vivo jorrava em ondas em seus pensamentos. Morte, dor e destruição. O amor lhe causou a morte. A traição lhe desferiu a dor. A beleza infernal trouxe plena e total destruição ao mundo.
...
O homem maravilhosamente soberbo, tão jovem mas ao mesmo tempo másculo e sutil, observava silenciosamente as estruturas de concreto que se erguiam à sua frente. Era uma noite fria onde o brilho do luar era intensificado pela magia que exalava das estrelas, esbranquiçadas das almas e do negrume que lhes servia de céu.
Ele, já familiarizado com os sons da avenida e o aroma fresco da brisa que teimava em fazer percursos indefinidos por entre os pares de casacos que cruzavam as ruas, adentrou uma porta dupla para se refugiar da neve que pendia em flocos luminosos. O recinto populoso era uma enorme roda de apostas. Velhos barrigudos com seus charutos ofegantes, tinham as carteiras gordas confiscadas pelas ágeis mãos e pernas que se esfregavam incansavelmente em seus corpos murchos e torturados por todos os tipos de junk food.
- Desgraçados nojentos. – murmurou antes de sentar-se e apoiar os cotovelos sobre a madeira envernizada do balcão.
- Aqui está Matt. Uma amostra “daquela” safra. – o barman prontamente lhe lançou uma taça de um líquido denso e fumegante. Não era preciso perguntar o que desejava sorver, o conhecimento de seu pendor para aquele contínuo pedido habitava há gerações naquele lugar. Ou melhor, passou a habitar.
Noites, boates, jogos e bebidas. Nada disso era satisfatório para Matthew Velasco, não mais. Algo faltava. Aquela devassidão de corpos não bastava para lotar o infinito que lhe deixaram há muito tempo. Não cogitava perder a lucidez durante as madrugadas promíscuas que seus olhos debulhavam sob os perfeitos corpos de mulheres nuas estiradas em sua cama. Nenhuma lhe agradava. Nenhuma lhe satisfazia. Os humanos eram seres nojentos e desprezíveis. Causavam suas próprias guerras e ainda culpavam os seres superiores por sua melancolia e desgraça. Deveriam ser amaldiçoados. Não mereciam uma segunda chance.
“Assim como não sei porque sobrevivi”. – Retirou-se para o segundo piso adentrando uma das salas particulares oculta apenas por grossas cortinas de veludo negro pesado. Deixou a taça sob a mesa central e recostou-se no divã luxuoso do cômodo. Ao observar os quadros caros nas paredes, as lembranças daquela noite invadiram sua mente guiando seus pensamentos para aquela voz ... a voz da sua destruição.
Ouviu o som da porta dupla soar, leve e serena. Mas foi o suficiente para voltar a trágica realidade de 1785, triste e sombria em sua vida, e vestir sua máscara de indiferença e superioridade. Estava encostado numa das extremidades do bar, o mais longe possível das mulheres mercenárias e dos homens cegos pela ganância.
- O que gostaria de beber? - O barman perguntou com um sorriso que mal lhe tocava os lábios. Embora seus olhos avaliassem a figura feminina que acabara de sentar numa das banquetas polidas, as mãos moviam-se mecanicamente despejando um líquido marrom claro dentro dos vidros.
Os lábios adornados num tom vermelho intenso insinuaram um sorriso, mostrando os dentes perfeitamente brancos.
- Hum... deixe me ver. – ela respondeu, lúbrica. Avaliando cada prateleira por trás do balcão indo em direção as mesas no centro – Talvez não haja nada aqui que satisfaça minha sede. - Os dedos escorregaram sobre o marfim, acariciando-o delicadamente ao tempo em que sua alta risada de ninfa era escutada por todo o saguão.
Matthew pareceu notar os súbitos murmúrios que se infiltravam por entre as batidas ecoantes do salão. O rosto virou para o lado, a mão elevando o a taça à altura dos lábios, logo sentindo o líquido lhe descendo quente pela garganta e o aroma adocicado do frisante invadindo suas narinas.
Com a beira da taça entre a boca semi-aberta, os olhos de um mel ardente destacaram-se no rosto, parcialmente coberto por grossas mechas de seu cabelo de ébano, permitindo que somente seu fitar pouco efusivo captasse num ímpeto, a autora de tais rumores libidinosos.
O encanto que o engolfara ao observá-la tinha o mesmo efeito embriagante do doce frisante que sorvia. Sua pele de esplêndida alvura reluziria magnificamente com os respingos de sua bebida, onde se imaginava acariciando o contorno de seu pescoço com sua língua, que deslizaria brandamente sentido-a.
Um magnetismo astuto se formou no espaço que os separavam, atraindo de modo infalível os olhares que agora se prendiam na intensidade dos orbes um do outro. A mulher mostrou-lhe um sorriso indecifrável e os olhos negros pareceram cintilar com um brilho mortal ao encará-lo.
Então, naquele instante, Matt não soube dizer onde estava. Tudo ao seu redor tornou-se inanimado, a música havia esmorecido, as mesa do saguão e as almas nelas estavam petrificadas e desbotadas. Ao fitar a graciosa face da estranha perfeita conseguiu entrever os orbes ingênuos cobertos pelos longos cílios negros tingindo-se de escarlate e no sorriso tímido porém sexy, reparou por sobre os lábios vermelhos as presas irredutíveis.
“Vampiros e demônios existem, Matthew. Sempre. Lembre-se disso.”
- Meu nome é Kate. – ela revelou, as palavras ecoando por toda a silenciosidade obscura que se formara. Kate, Kate... Meu nome é Kate. O sopro daqueles dizeres beijaram-no sensualmente os ouvidos.
O tempo não se esvaía enquanto a observava secamente. O infinito ainda permanecia oco, mas agora havia um outro alguém ali para compartilhar, junto dele, sua imensurável solidão.
A devassa sedutora de negro o atraiu para mais perto, permitindo que este pudesse sentir a tenra fragrância de sua fria pele de imortal, inspirando o ar ao seu redor inundado pelo seu aroma luxurioso. A mais bela criatura das trevas que lhe roubaria um beijo devasso.
Aproximando-se do homem a sua frente, sentou-se sorrateiramente sobre o balcão. Suas mãos pálidas baixaram-se até alcançar os ombros vigorosos, os dedos apertando o tecido branco da camisa que lhe vestia com tamanha perfeição.
“Kate” - ele se lembrava claramente do sussurro acariciando seus pensamentos – ela inclinou-se sobre ele, as mãos puxando-o para mais perto enquanto lhe roçava os lábios no lóbulo de sua orelha esquerda.
- Tu és incrivelmente belo porque ainda respira. - confidenciou-lhe aos murmúrios, mordiscando de leve sua pele quente ao passo que suas pequenas mãos deslizavam por sobre a nuca, acariciando e puxando os fios escuros de cabelo entre as unhas afiadas.
Eles se encararam com fervor. Os olhos refletiam um brilho ardente de sedutora paixão. Ela depositou os lábios carnudos sob os dele, lentamente desferindo passagem com os caninos raspando-lhe a língua numa tenebrosa dança sensual.
Incapaz de reprimir a si mesmo, Matthew levou sua mão até a face delicadamente emoldurada pelos longos e sedosos cabelos negros, movendo a ponta de seus dedos nos contornos únicos e graciosos. O beijo solícito que travaram, foi tornando-se langorosamente forte e selvagem. Deu uma leve mordiscada por sobre o lábio inferior avermelhado do rapaz antes de afastar-se completamente.
O sorriso maroto no rosto dela o fez devolver outro igualmente sugestivo. Contudo, subitamente, os sons e os movimentos reapareceram e o vazio foi tomado quando a música não deixou-se inibir, estourando em notas altas e preenchendo o ar pesadamente com a fumaça dos charutos importados.
Seu coração explodiu com poesias ameaçadoras. Da graça apaixonante pela qual foi tomado, por tal deusa do inferno perfumada e traiçoeira. O fato inesperado ocorrido nessa noite não pode ter elucidado e seduzido Matt, se ao menos ele soubesse que foi real, no momento em que todos voltaram a dançar e jogar entre os flashes e música do saguão, ela simplesmente desaparecera.
...
Matthew inquietava-se sobre a enorme cama king size, a janela aberta deixava que o brilho do luar e a brisa fresca acalentasse sua mente enquanto revirava teimosamente o lençol entre as pernas.
Imediatamente empenhou-se para vê-la de novo, tão ativo e eufórico devido a inércia da meia-noite, sob os sussurros noturnos que lhe atingiam a face suada. Buscava por anjos soturnos em seus sonhos. Ele sabia que ela não era um anjo, mas se o fosse, seria o mais perfeito anjo negro destrutivo que já vira. Por horas percorreu os vales tomados pela negritude das nuvens informando a jazida de tempestades quebradiças e densas. Procurou refúgio entre as lápides de um cemitério em que ela pudesse estar esperando por ele, em sonhos.
O suor deslizou em sua testa banhando as têmporas assim que sentou-se sobre a cama, espantando os últimos resquícios de sono ao observar o quarto tomado por uma penumbra reconfortante. Ergueu a mão aos cabelos, bagunçando-os num estilo rebelde e, em seguida, ofegou aborrecido. A mente fantasiosa arruinava-o parcialmente com lembranças de belos lábios curvilíneos seduzindo-o para que abraçasse a escuridão da noite. Apaixonado por um beijo demoníaco, censurava-se por pensar que podia se relacionar com uma criatura das trevas, que mais provavelmente esteja hipnotizando e drenando o fluido vermelho espesso que percorria os corpos dos meros mortais.
Levantou-se preguiçosamente da cama devido à repentina insônia, se arrastando pelos ladrilhos de mármore gelados sob os pés descalços até alcançar a porta aberta da sacada. O peito nu não arrepiou-se de imediato ao sentir uma brisa fria atingir-lhe a pele quente e lisa. Mas seus lábios crisparam-se de imediato ao sentir um par de mãos gélidas deslizando sobre seu tórax, trilhando caminhos delicados com as unhas agudas e bem feitas. A sensação de ter uma língua escorregando pela extensão de suas costas, e de lábios úmidos beijando-lhe a nuca, arrepiava-o constantemente. O êxtase inicial foi passando a medida que o ar era preenchido pelo perfume dela, Kate.
- Preciso de seu calor, mon amour. - escutou o farfalhar de sua melodiosa voz adentrar por entre os tímpanos.
Olhos ônix pigmentados de escarlate acompanharam os seus nas mais impuras, eróticas e tentadoras promessas de fantasias carregadas pela noite congelante de inverno. Ela acalmou a alma inquieta que se ocultava entre máscaras e uma cortina de superioridade fingida. Juntos, agarraram-se à sangria sob a luz do luar. O beijo gelado e intenso de Kate ferveu seu pescoço libertando-o do sepulcro, de uma maldição do incansável, e sua ardente carícia arrebatou sua alma mais do que esta poderia jamais suportar.
Girando o corpo bem feito, suas mãos agarraram os ombros femininos. Por segundos insondáveis, quis fitá-la interminavelmente e enxergar a paixão fulgurada no fundo de seus olhos que brilhavam de desejo. Kate lhe parecia tão frágil e delicada, tão fortemente bela e provocante. Sua pele lisa e macia cheirava a flores e frutos silvestres, podia sentir seu sangue borbulhar apenas pelo seu toque. Era inteiramente perfeita.
“Não. Ela é magnífica. O ser mais maravilhoso que caminha entre os mortais”. – corrigiu-se mentalmente enquanto perscrutava o corpo sensualmente iluminado pela luz do luar.
A sedução implícita de sua beleza insinuante chamava por ele. Suas mãos gananciosas baixaram-lhe as alças acetinadas do longo vestido negro, deslizando a seda macia aos seus pés. O braço forte agarrou possessivamente a cintura fina, espremendo-a contra seu peito quente. Os olhos encaravam-se com afinco, contemplando o mar negro na vastidão do olhar do outro. Matthew sentia a nudez e a frieza daquela pele sensível.
A vampira o abraçou. Suas unhas longas riscavam-lhe as costas sem nenhum pudor. Ele mordeu os lábios, incapaz de camuflar a excitação do gesto tão audacioso. Notou-a deslizar a língua sobre seu pescoço, esfregando a boca faminta em seu lindo rosto de homem nos seus 24 anos. Levou a mão até sua nuca, sentindo a suavidade da pele e dos cabelos sedosos deslizando entre seus dedos, puxou-a de modo que seus lábios abocanhassem os dela.
A boca feminina entreabriu-se para lhe dar passagem, onde ele introduziu a língua para explorar cada canto, sentindo-a entrelaçar com seu doce sabor. Durante a troca de sabores, ele calmamente deslizou as mãos másculas na lateral do corpo imortal. Foi acariciando-a lentamente trilhando um caminho de fogo até o vão de suas pernas, permanecendo ali com os dedos a provocar-lhe incessantemente.
Sentiu-a contrair sob seus dedos, ao passo que uma deliciosa umidade escorreu entre os movimentos e gemidos abafados eram engolidos pelos beijos luxuriosos. Ele gemeu de frustração ao senti-la afastar-se de seu corpo e num rápido impulso, levantou sua perna para que ela pudesse se colar ainda mais ao seu corpo.
- Me faça sua... – ela gemeu em seus braços agarrando-o com ambas as pernas.
- Você será apenas minha e de mais ninguém. – um brilho selvagem tomou conta de suas feições.
Matthew segurou-a pelas nádegas e lentamente dirigiu-se para a cama, esparramando as grossas colchas elegantemente dobradas no chão. Deitou-a no centro do seu leito, debruçando seu membro por cima de sua cavidade molhada. Ela envolveu os braços ao redor de seu pescoço, contorcendo seu corpo num movimento convidativo para iniciar com a dança carnal.
Deslizou suas calças começando a esfregar-lhe frondosamente o quadril, e com o membro totalmente rijo que lhe ardia a alma, penetrou-a de uma só vez arrancando um gemido alto por entre os lábios sensuais. Iniciou gostoso, com movimentos fortes e lentos. Fazendo-a suspirar e gemer em seu ouvido.
- Hum... mais, mais... isso é tudo o que você tem? – provocou-o com um risinho divertido – Eu não sou frágil como todas as outras. – seus olhos faiscaram, vermelhos como sangue, intensos como as trevas que emergiam após o crepúsculo.
- Se no inferno você não conheceu a tortura, vou te apresentar agora. – Virou-a de costas sem se retirar de dentro dela, e com estocadas fortes, começou a bombar-lhe a entrada úmida.
- Ah, ah, ah... – ela contorcia sua vagina molhada, receptiva às investidas que recebia do grosso membro do mortal por quem se apaixonara.
- Não achas que a deixarei gozar assim tão facilmente, acha?
Retirou-se rapidamente dela, mantendo-a ainda de costas para si, porém curvada com a rosto nos travesseiros de plumas, afastando suas pernas com as mãos. Era uma imagem linda vê-la exposta somente para ele desse jeito. Só de ver sua entrada escorrendo pela excitação ele lambeu os lábios antes de se agachar na beira da cama e começar a lamber-lhe o interior. Ela deu um grito de prazer ao sentir ele lhe mordiscar e penetrar-lhe a língua roçando o clitóris, já inchado por tamanho êxtase. Agarrou com força o quadril, lambendo e sugando vorazmente as dobras de sua vagina, vermelha e encharcada. Deslizou as mãos ágeis pelas curvas de sua cintura agarrando e massageando os seios firmes e torneados, evitando-os assim de balançarem com os movimentos sensuais que ela fazia em sua boca.
Sentiu um liquido quente e adocicado preencher-lhe a boca, enquanto enfiava mais fundo a língua para captar todo o gostinho delicioso que ela tinha. Mal teve tempo de sugá-la, Kate virou-o rapidamente de costas na cama desferindo-lhe a língua no interior de sua boca para tomar-lhe o restante do gozo feminino. Ele arfou ao sentir as habilidosas mãos acariciarem a cabecinha de seu membro, evidentemente animado pelas atenções que recebia.
Ela beijou-o intensamente, mordiscando sua boca e trilhando com a língua um caminho cheio de mordidas e lambidas, descendo do queixo ao umbigo malhado, continuamente movimentando sua mão entre as pernas. Matthew sentia-se leve, deixando escapar gemidos guturais quando ela comprimia seu membro entre as pequenas mãos ágeis. E teve vontade de gritar aos quatro ventos quando ela abocanhou seu pênis sugando-o vorazmente enquanto o encarava com olhos injetados. Colocou ambas as mãos prendendo os cabelos cor de ébano, que deslizavam como uma cascata negra por suas costas nuas. Era delicioso ter o membro na boca quente e úmida dela, tão gostosa quanto sua vagina apertada.
- Você adora isso não é meu amor? – disse entre uma chupada e outra.
- Adoro... e você não sabe o quanto meu amor! – fechou os olhos sentindo-a cravar as unhas em suas coxas excitando-o ainda mais. Despejou seu fluido denso e leitoso na boca dela, fazendo-a engolir e lamber cada gotinha que saía pela ponta de seu pênis, incrivelmente duro e ereto.
Ela levantou-se tão delicada e provocante, fazendo-o escorregar até o meio da cama, com as costas apoiadas nos travesseiros e na parede revestida pelo vintage que marcavam a época. Ela se aproximou calmamente abrindo as coxas fartas posicionando-se sobre seu membro quente e latejante., esfregando a pontinha na sua entrada para que sentisse a umidade óbvia que se formava.
Num movimento rápido, ela sentou sobre sua dureza erótica, sentindo seu corpo se contorcer para receber tamanha grossura de uma vez só. O gesto arrancou gemidos altos de ambos, que se encaravam voluptuosamente .
- Você gosta de um pau grande nessa sua bocetinha molhada não é? – Matt a provocou com um sorriso de canto, soando um tanto convencido.
Kate, a única vampira-demônio de sangue puro que sobreviveu por milênios entre os dois mundos, protegida pelo abraço eterno das trevas e luzes remanescentes, não deixaria barato. O fulminou com olhos escarlates ardentes, e lhe devolveu com a voz perigosamente sedutora:
- E você “mon amour”... jamais sentirá prazer igual – deu-lhe um beijo cálido e longo, imobilizando seus braços e pernas e intensificando o tato entre as duas peles.
Satisfeita, começou com movimentos lentos inclinando o corpo para trás, de forma que somente a cabecinha do pênis ficasse dentro de si. Matthew queria segurar seu quadril, obrigando-a a rebolar com força em seu colo, porém não sentia seus braços e pernas, pareciam pesos mortos ao passo que sua pele ardia de excitação pela performance sensual que ela fazia sobre si.
“Maldita! Que minha alma queime no mais profundo inferno se ela continuar a me provocar desse jeito!” – Ahhh... Kate... hummm... que deliciosa...
- Abra a boca e feche os olhos – com um sussurro suplicante ele prontamente obedeceu, e sentiu a maciez de seios fartos encaixarem-se em seu rosto cujos bicos imploravam para serem sugados por seus lábios.
- Humm... isso meu amor, continue assim... isso... Ah! – A deusa imortal começou a arfar enterrando-se mais fundo no colo de Matthew, que gemia de prazer e frustração por não poder se movimentar.
...
Houve um estalo em sua mente. Abriu os olhos e parou rápida e silenciosamente atrás de uma moça bêbada que mal podia se sustentar nos próprios pés. Balançou a cabeça para espantar as lembranças de um passado distante que fazia questão de manter no lado mais negro de sua mente. Olhou para a figura desprezível que se encontrava esgueirada nas pesadas cortinas de veludo. Botou sua máscara de superioridade e arrogância fingidas, como há muito tempo havia fazendo e murmurou sem muita paciência:
- Este é um espaço restrito. Só podem adentrar “pessoas” qualificadas, e você – analisou criticamente a moça, cuspindo as palavras a seguir – não sabe nem se manter em pé, quem dirá ser digna de pisar aqui?
- Des-des-desculpe... eu, eu... – ela mal podia pronunciar uma palavra, um misto de ódio por rejeição e admiração pelo homem à sua frente, além do mar de lágrimas que escorriam pelo rosto, a impediam de formar uma frase.
Sem muita paciência e extremamente aborrecido por ser tirado de seus devaneios, Matthew mudou a feição severa para uma mais compreensiva.
- Está perdida? Se precisar posso...
- NÃO! – o berro o pegou desprevenido. Que raio de garota bêbada e escandalosa era aquela? Como ela ousa...
- Está bem. Vou chamar um táxi e pedir que a levem embora daqui. IMEDIATAMENTE.
Tirou um pequeno smartphone do bolso do casaco e começou a discar um número, mas antes que pudessem atender, a “bêbada escandalosa” segurou-lhe o braço.
- Nã-não precisa. Só... só quero que ele volte para mim. – confessou chorosa, debulhando-se novamente em lágrimas e soluços histéricos.
“Problemática. Ótimo! Sabia que não devia ter aceitado a proposta de fazer uma festa aqui. Da próxima vez irei lacrar as portas, ou pensando melhor, não haverá próxima vez!”
- Bom, mostre-me quem é o sujeito e terei prazer em ajudá-la. – forçou o sorriso “camarada” mais falso e fingido que tinha.
- Ele está na pista de dança... co-com ela. – Matt teve a impressão de ver os olhos da garota faiscarem, e num impulso, ela levantou-se desajeitadamente e se não fosse por ele, teria esbarrado de cara diretamente ao chão.
- Venha. Vamos separar esse sujeito “dela”.
Direcionaram-se para fora do andar superior, e em meio a flashes e música alta, a bêbada ao seu lado apontou para um ponto central na pista lotada.
- ELE ESTÁ LÁÁÁÁ! – berrou para ser ouvida além da música.
Como bom servo das trevas, ele ouvia perfeitamente o ruído de uma agulha caindo a quilômetros de distância. E a voz estridente o fez pensar que tragicamente perdera os tímpanos!
- Tudo bem, vamos até lá. – puxou-a pelo braço caminhado sorrateiramente desviando dos humanos suados na pista, e seus olhos captaram num único flash, algo que destruíra completamente sua existência. Levando-o a ter um renascimento negro.
Uuuh o.O
ReplyDeleteQuero o capítulo 2!
Tia, manda o capítulo 2?
Capítulo 2, capítulo 2, capítulo 2!
Se continuar assim, vou comprar seu livro =3